TEMPO

Defesa Civil monitora áreas de risco em Santa Maria

Mariana Fontana

"

O aguaceiro desta quarta-feira em Santa Maria deixou em alerta quem vive nas áreas de risco da cidade. Equipes da Defesa Civil percorreram diferentes locais para avaliar a condição de encostas e o nível de córregos e arroios. E a previsão não é animadora: a chuva deve seguir pelos próximos 15 dias (veja texto abaixo).

Chuva deve seguir durante o feriadão na Região Central

Seis pessoas da Defesa Civil percorreram os bairros Campestre do Menino Deus e Km 3 e a Vila Bilibio. Até o começo da tarde desta quarta-feira, a chuva não havia causado estragos, mas no Km 3, a preocupação é com o nível do Rio Vacacaí e com as casas da rua Luiz Castagna. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, as casas próximas ao rio não poderiam ser ocupadas, já que o nível pode aumentar:

– Já retiramos pessoas daqui e levamos para outros locais, mas os moradores repassam os terrenos. Além disso, o rio vira um depósito de lixo. Já retirei geladeira, fogão e roupas, mas toda a vez é a mesma coisa. Está sempre cheio de lixo.

Em 14 horas, chuva em São Gabriel supera média do mês

No local, a família do pedreiro Joel Monteiro Maciel, 51 anos, recebeu cerca de 30 metros quadrados de lona. Maciel está reformando a casa, mas a chuva atrapalhou o serviço. O filho dele, Mikael, 12 anos, ao ver a Defesa Civil, correu para pedir auxílio:

– Eu sabia que o pai precisava de lona, daí, fui pedir, porque entrou água e molhou o colchão e as roupas.

– Agora, vou aproveitar que a chuva deu uma parada e vou esticar a lona, para evitar que molhe mais dentro de casa – disse Maciel, na tarde desta quarta-feira.

No bairro Campestre do Menino Deus, as equipes estiveram nas ruas Euclides da Cunha e na Canários. Na primeira, eles isolaram a encosta de um morro, que corre o risco de cair e atingir o muro de uma casa. Segundo Vargas, a Defesa Civil espera a emissão de um laudo da secretaria de Meio Ambiente, que autorize a retirada de árvores que estão no topo do morro, para retirar partes da encosta que estão cedendo.

Já na rua Canários, cerca de cem casas estão em área de risco e, com chuva forte, correm o risco de desmoronar.

– Já foram colocados pneus para a área não ceder, e vamos distribuir mudas de árvores para os moradores fazerem o plantio, para segurar o solo. Vamos propor campanhas de conscientização ambiental em vários lugares de Santa Maria, para prevenir problemas com as chuvas – afirma Adelar Vargas.

Vila Bilibio recebe atenção

A equipe também esteve, na tarde desta quarta-feira, em uma área de encosta na Vila Bilibio. A doméstica Lúcia Santos Alves, 55 anos, ganhou uma casa no Residencial Brizola e não vê a hora de se mudar para a residência nova:

– Aqui, é muito perigoso, algumas pessoas não querem sair, mas eu quero ir embora. Antes, morava mais para baixo, e cada vez que chovia, caia terra e algo diferente na minha casa. Não quero mais isso.

O local já recebeu o plantio de 50 árvores, em uma extensão de 40 metros, para evitar que a encosta ceda.

Na outras cidades da Região Central, a chuva não causou estragos. Apenas em São Sepé, as telhas da casa de duas famílias estragaram com o vento, mas equipes da Defesa Civil estiveram nos locais e realizaram reparos necessários.

Instabilidade permanece na região

Segundo o Grupo de Modelagem Atmosférica de Santa Maria (Gruma), a chuva é comum nessa época do ano, quando termina o inverno e"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

A partir de 2016, índios aldeados terão prova específica para ingresso na UFSM

Próximo

Chuva deve seguir durante o feriadão na Região Central

Geral